Rubiaceae

Palicourea quadrifolia (Rudge) DC.

Como citar:

Eduardo Amorim; Eduardo Fernandez. 2020. Palicourea quadrifolia (Rubiaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

1.460.549,979 Km2

AOO:

144,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

A espécie não é endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). No Brasil, apresenta distribuição: no estado do Acre — nos municípios Brasiléia, Epitaciolândia, Mâncio Lima, Rio Branco, Senador Guiomard e Xapuri —, no estado do Amazonas — nos municípios Barcelos, Borba, Coari, Humaitá, Itapiranga, Jutaí, Manaus, Maués, Novo Airão, Pauini, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva —, no estado do Pará — no município Oriximiná —, no estado de Rondônia — no município Porto Velho —, e no estado de Roraima — no município Mucajaí.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2020
Avaliador: Eduardo Amorim
Revisor: Eduardo Fernandez
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore a arvoretas com até 5 m de altura, não é endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). No Brasil, apresenta distribuição no estado do Acre, municípios Brasiléia, Epitaciolândia, Mâncio Lima, Rio Branco, Senador Guiomard e Xapuri, no estado do Amazonas, nos municípios Barcelos, Borba, Coari, Humaitá, Itapiranga, Jutaí, Manaus, Maués, Novo Airão, Pauini, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva, no estado do Pará, município Oriximiná, no estado de Rondônia, no município Porto Velho, e no estado de Roraima, no município Mucajaí. Ocorre na Amazônia, em Campo de Várzea e Floresta de Terra Firme (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). Apresenta EOO= 1183645km². A espécie poderia ser considerada Em Perigo de extinção pelo critério B2, entretanto EOO supera muito o limiar para categoria de ameaça, a espécie possui mais que cinco de situações de ameaça e não possui especificidade de habitat. Somado a esses fatos, Palicourea quadrifolia possui registros em Unidades de Conservação de Proteção Integral. Adicionalmente, não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua perpetuação na natureza. Assim, foi considerada como Menor Preocupação (LC) neste momento, demandando ações de pesquisa (tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro.

Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Prodr. 4, 526, 1830.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree, bush
Longevidade: perennial
Biomas: Amazônia
Vegetação: Campo de Várzea, Floresta de Terra-Firme
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 4.6 Subtropical/Tropical Seasonally Wet/Flooded Lowland Grassland
Detalhes: Árvore a arvoretas com até 5 m de altura. Ocorre na Amazônia, em Campo de Várzea e Floresta de Terra Firme (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020).
Referências:
  1. Flora do Brasil 2020 em construção, 2020. Palicourea. Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB24513 (acesso em 09 de outubro de 2020)

Ameaças (10):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.3 Agro-industry farming habitat past,present,future national very high
Nas últimas quatro décadas, o Brasil tem aumentado a sua produção e a produtividade agrícola de larga escala, com destaque para as commodities, cujas exportações cresceram consideravelmente nas últimas décadas (Gasques et al., 2012, Martorano et al., 2016, Joly et al., 2019). As estimativas realizadas para os próximos dez anos são de que a área total plantada com lavouras deve passar de 75,0 milhões de hectares em 2017/18 para 85,0 milhões em 2027/28 (MAPA, 2019). A Amazônia brasileira, com 330 milhões de hectares, possuía, em 2014, 4.337.700 ha (1,3%) de sua extensão convertidos em áreas agrícolas (TerraClass, 2020). Outra estimativa realizada em 2018, registrou 5.488.480 ha (1,6%) (MapBiomas, 2020) da Amazônia brasileira convertidos em áreas agrícolas. Em 2019, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas na região Norte foi estimada em ca. 9.807.396 kg (IBGE, 2020). Apenas em abril de 2020, foram produzidos ca. 10.492.007 kg desses produtos agrícolas, o que representou um incremento de 7% em relação à produção anual do ano anterior (IBGE, 2020). A produção de soja é uma das principais forças econômicas que impulsionam a expansão da fronteira agrícola na Amazônia brasileira (Fearnside, 2001, Simon e Garagorry, 2005, Nepstad et al., 2006, Vera-Diaz et al., 2008, Domingues e Bermann, 2012, Charity et al., 2016). Segundo o IBGE (2020), na região Norte, em 2019, a produtividade da soja na região Norte foi de ca. 5.703.702 kg, enquanto em abril de 2020, já foram produzidos ca. 6.213.441 kg, representando um incremento de 8.9% em relação à produção anual do ano anterior (IBGE, 2020). Em abril de 2020, a cultura de soja foi responsável por 59,2% de toda produtividade agrícola na região Norte, seguida pelo milho, com 30,1% (IBGE, 2020). A soja é mais prejudicial do que outras culturas, porque estimula projetos de infraestrutura de transporte de grande escala que levam à destruição de habitats naturais em vastas áreas, além daquelas já diretamente utilizadas para cultivo (Fearnside, 2001, Simon e Garagorry, 2005, Nepstad et al., 2006, Vera-Diaz et al., 2008, Domingues e Bermann, 2012).
Referências:
  1. Charity, S., Dudley, N., Oliveira, D., Stolton, S., 2016. Living Amazon Report 2016: A regional approach to conservation in the Amazon. WWF Living Amazon Initiative, Brasília and Quito.
  2. Fearnside, P.M., 2001. Soybean cultivation as a threat to the environment in Brazil. Environ. Conserv. 28, 23–38. URL https://doi.org/10.1017/S0376892901000030
  3. Vera-Diaz, M. del C., Kaufmann, R.K., Nepstad, D.C., Schlesinger, P., 2008. An interdisciplinary model of soybean yield in the Amazon Basin: The climatic, edaphic, and economic determinants. Ecol. Econ. 65, 420–431. URL https://doi.org/10.1016/j.ecolecon.2007.07.015
  4. Gasques, J.G., Bastos, E.T., Valdes, C., Bacchi, M.R.P., 2012. Total factor productivity in Brazilian Agriculture, in: Fuglie, K.O., Wang, S.L., Ball, V.E. (Eds.), Productivity Growth in Agriculture: An International Perspective. CABI, Oxfordshire, pp 145-161.
  5. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica, 2020. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. URL www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/agricultura-e-pecuaria/9201-levantamento-sistematico-da-producao-agricola.html
  6. Joly, C.A., Scarano, F.R., Seixas, C.S., Metzger, J.P., Ometto, J.P., Bustamante, M.M.C., Padgurschi, M.C.G., Pires, A.P.F., Castro, P.F.D., Gadda, T., Toledo, P., Padgurschi, M.C.G., 2019. 1º Diagnóstico Brasileiro de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos. BPBES - Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossitêmicos. Editora Cubo, São Carlos. URL https://doi.org/10.4322/978-85-60064-88-5
  7. MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2019. Projeções do Agronegócio: Brasil 2018/19 a 2028/29, projeções de longo prazo. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Política Agrícola, Brasília. URL http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/informe_estatistico/Projecao_do_Agronegocio_2018_2019_a_2028_29.pdf
  8. MapBiomas, 2020. Plataforma MapBiomas v.4.1 - Base de Dados Cobertura e Uso do Solo. URL https://plataforma.mapbiomas.org/map#coverage (acesso em 03 de junho de 2020).
  9. Martorano, L., Siviero, M., Tourne, D., Fitzjarrald, D., Vettorazzi, C., Junior, S., Alberto, J., Yeared, G., Meyering, É., Sheila, L., Lisboa, S., 2016. Agriculture and forest: A sustainable strategy in the brazilian amazon. Austral. J. Crop Sci. 8, 1136–1143. URL https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/147006/1/martorano-10-8-2016-1136-1143.pdf
  10. Nepstad, D.C., Stickler, C.M., Almeida, O.T., 2006. Globalization of the Amazon Soy and Beef Industries: Opportunities for Conservation. Conserv. Biol. 20, 1595–1603. URL https://doi.org/10.1111/j.1523-1739.2006.00510.x
  11. Domingues, M.S., Bermann, C., 2012. O arco de desflorestamento na Amazônia: da pecuária à soja. Ambient. Soc. 15, 1–22. URL https://doi.org/10.1590/S1414-753X2012000200002
  12. Simon, M.F., Garagorry, F.L., 2005. The expansion of agriculture in the brazilian amazon. Environmental Conservation 32, 203–212. URL https://doi.org/10.1017/s0376892905002201
  13. TerraClass, 2020. Projeto TerraClass, Dados 2014. URL https://www.terraclass.gov.br (acesso em 05 de junho de 2020).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat past,present,future regional high
Com uma alta densidade demográfica (41 hab. por ha), na zona Norte de Manaus o crescimento populacional é o principal responsável pela degradação ambiental que a mesma vem sofrendo. A construção de conjuntos habitacionais pelo poder público e privado é um dos principais responsáveis pelo desmatamento verificado nos últimos 18 anos. Mas sua proximidade com a Reserva Adolpho Ducke há uma grande preocupação, pois os estudos mostram que a Reserva sofre grande pressão devido ao surgimento cada vez mais intenso de ocupações irregulares em seu entorno (Nogueira et al., 2007).
Referências:
  1. Nogueira, A.C.F., Sanson, F., Pessoa, K., 2007. A expansão urbana e demográfica da cidade de Manaus e seus impactos ambientais, in: Anais Do XIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Florianópolis, pp. 5427–5434.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 2.3.2 Small-holder grazing, ranching or farming habitat past,present,future regional medium
No município de Presidente Figueiredo a pecuária encontra-se em desenvolvimento, com perspectivas de aumento futuro, particularmente a criação de bovinos. A área ocupada pela agropecuária situa-se ao longo das estradas BR-174, AM240, onde estão implantadas diversas fazendas e com uma predominância de pastagens, e ao longo das vicinais, onde se pratica predominantemente atividades agrícolas (Eletronorte - Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. e IBAMA, 1997).
Referências:
  1. Eletronorte - Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A., IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, 1997. Plano de Manejo da Reserva Biológica Uatumã. Plano Manejo Fase 1. URL http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-planos-de-manejo/rebio_uatuma_pm.pdf (acesso em 12 de setembro de 2019).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.3 Agro-industry grazing, ranching or farming habitat past,present,future national high
Em poucos municípios rondonienses a pecuária não se expandiu entre os anos de 2001 e 2006. Estes poucos municípios se localizam no sul do estado. Em grande parte do estado houve expansão do rebanho bovino, de maneira particularmente acelerada em uma faixa que se estende pelas microrregiões de Vilhena, Cacoal, Ji-Paraná, Ariquemes e Porto Velho, onde houve aumento superior a 50 cabeças/ km² (Oliveira et al., 2008). O desmatamento no município de Humaitá caracteriza-se pela sua concentração no entorno das rodovias Manaus - Porto Velho e transamazônica. Esses eixos rodoviários concentram espacialmente as principais atividades econômicas como a agricultura, a pecuária e a exploração madeireira que, embora em menor intensidade, também se desenvolvem em torno do rio Madeira e seus afluentes (Macedo e Teixeira, 2009). Na agricultura, as famílias geralmente têm seus roçados, plantam mandioca, milho, banana, melancia, macaxeira, cacau, cana e outros (Baraúna, 2009). Os municípios Brasiléia (AC), Epitaciolândia (AC), Mucajaí (RR), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Senador Guiomard (AC) e Xapuri (AC) possuem, respectivamente, 29,8% (116722,3ha), 45,72% (75648,4ha), 11,13% (137427,7ha), 22,11% (753851,9ha), 26,98% (238417,8ha), 66,76% (155023,5ha) e 22,73% (121536,3ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2018 (Lapig, 2020).
Referências:
  1. Oliveira, S.J. de M., Abreu, U.G.P. de, Valentim, J.F., Barioni, L.G., Salman, A.K.D., 2009. Pecuária e desmatamento: mudanças no uso do solo em Rondônia, in: SOBER (Ed.), 47° Congresso Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural. Porto Alegre, p. 13.
  2. Macedo, M.A. de, Teixeira, W., 2009. Sul do Amazonas, nova fronteira agropecuária? O caso do município de Humaitá, in: Anais XIV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Natal RN. INPE, Natal, pp. 5933-5940.
  3. Baraúna, G.M.Q., 2009. As políticas governamentais que afetam as "Comunidades ribeirinhas" no município de Humaitá-AM No rio Madeira.Complexo madeira, 293.
  4. Lapig - Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento, 2020. Atlas Digital das Pastagens Brasileiras, dados de 2018. Municípios: Brasiléia (AC), Epitaciolândia (AC), Mucajaí (RR), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Senador Guiomard (AC) e Xapuri (AC) . URL https://www.lapig.iesa.ufg.br/lapig/index.php/produtos/atlas-digital-das-pastagens-brasileiras (acesso em 20 de março de 2020).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 3.2 Mining & quarrying habitat past,present,future national high
A capacidade inicial de produção de bauxita em Oriximiná (PA) foi de 3,35 milhões de toneladas anuais. A capacidade expandiu-se gradativamente, em função do aumento da demanda de mercado e da grande aceitação da bauxita produzida nas refinarias de todo o mundo. Atualmente a capacidade de produção instalada é de 18,1 milhões de toneladas ao ano - uma das maiores instalações do mundo. As minas operadas são Saracá V, Saracá W e Bela Cruz. Nelas, o minério encontra-se a uma profundidade média de 8m, coberto por uma vegetação densa e uma camada estéril composta de solo orgânico, argila, bauxita nodular e laterita ferruginosa (Mineração Rio do Norte, 2014). No município de Humaitá, o garimpo do ouro representa uma boa parte da renda que garante a sobrevivência de muitos e é uma prática presente há anos nas famílias que vivem nas comunidades ribeirinhas da região (Baraúna, 2009). A exploração do ouro é feita ilegalmente e com uso de mercúrio. No município Presidente Figueiredo encontra-se uma importante jazida mineral de cassiterita localizada na sub-bacia do rio Pitinga. Considerada a maior jazida de cassiterita do mundo é explorada desde 1981 pela Mineração Taboca, do Grupo Paranapanema, de onde provém a maior parte da arrecadação de tributos do município. Esta mineração possui uma área de concessão de 122000 ha, dos quais 5 a 6% são explorados com lavra ou infra-estrutura, em 1995 está área era de aproximadamente 7728 ha, não considerando o reservatório da UHE Pitinga (ELETRONORTE e IBAMA, 1997). São expressivas as ocorrências relacionadas aos pegmatitos na região nordeste brasileira, destacando-se os estados da Bahia, Paraíba e Ceará. No Estado do Amazonas alem da citada reserva do Pitinga deveriam ser somadas as dezenas de ocorrências no Alto e Médio Rio Negro, as quais são constantemente exploradas por indígenas e não indígenas, em reservas e parques nos Municípios de Barcelos e São Gabriel da Cachoeira, tudo ao arrepio da lei (ANM, 2005).
Referências:
  1. Mineraçao Rio do Norte, 2014. Relatório Anual de Sustentabilidade. GRI. URL http://www.mrn.com.br/paginas/images/GRI_MRN_2014.pdf (acesso em 27 de junho de 2018).
  2. Baraúna, G.M.Q., 2009. Análise das Políticas Governamentais definidas para a Região do Rio Madeira e seus efeitos sobre a pesca artesanal. Universidade Federal do Amazonas. Dissertação de Mestrado. Instituto de Ciências Humanas e Letras Programa de Pós-Graduação em Sociologia. Manaus - Amazonas.
  3. ELETRONORTE - Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A., IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, 1997. Plano de Manejo da Reserva Biológica Uatumã. Plano Manejo Fase 1. URL http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-planos-de-manejo/rebio_uatuma_pm.pdf (acesso em 12 de setembro de 2019).
  4. ANM - Agência Nacional de Mineração, 2005. Tantalita. Sumário Miner. - Sumário Miner. Bras. 2005 - Tantalita 2005rev. URL http://www.anm.gov.br/dnpm/publicacoes/serie-estatisticas-e-economia-mineral/sumario-mineral/sumario-mineral-brasileiro-2005/tantalita-2005rev/view
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 5.2.4 Motivation Unknown/Unrecorded habitat past,present,future regional medium
A exploração desordenada de madeira, animais e a formação de enormes campos para agricultura e a pecuária, fizeram com que muitas espécies vegetais sumissem da região de Humaitá (IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2013).
Referências:
  1. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2013. Humaitá. IBGE Cid. URL https://cidades.ibge.gov.br/brasil/am/humaita/panorama (acesso em 24 de agosto de 2013).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3.5 Motivation Unknown/Unrecorded habitat past,present,future regional high
De acordo com dados do Programa de Monitoramento do Desmatamento da Amazônia (Prodes – www.obt.inpe.br/prodes), o AM é um dos estados com menores índices de área desmatada na Amazônia Legal. No entanto, sua porção sul vem se consolidando como nova área de expansão da fronteira agropecuária e concentrando a maior parte das novas frentes de desmatamento no estado. A exploração madeireira é muitas vezes apontada como a frente pioneira, pois ao criar meios para o escoamento da madeira, também estimula a ação de grileiros, e consequentemente a apropriação da terra para outros usos. A pecuária daria sequência ao processo de conversão da área florestal, enquanto o plantio da soja se concentra nas áreas de pastagens, como forma de reduzir os custos de sua implantação (Macedo e Teixeira, 2009).
Referências:
  1. Macedo, M.A. de, Teixeira, W., 2009. Sul do Amazonas, nova fronteira agropecuária? O caso do município de Humaitá, in: Anais XIV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Natal RN. INPE, Natal, pp. 5933-5940.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 7.2.10 Large dams habitat past,present,future regional high
A Bacia do Rio Trombetas, localizada no município de Oriximiná, onde a espécie é encontrada, apresenta grande potencial hidrelétrico, sofrendo grande influência do governo federal que prevê em seu Plano Nacional de Energia a exploração dos rios Trombetas e Erepecuru para fins de geração de energia hidrelétrica. Os estudos já realizados na bacia projetam 15 empreendimentos hidrelétricos, estando 13 deles com estudos de inventário indiciados, um com estudo de viabilidade e um com projeto básico. Segundo o Plano Nacional de Energia 2030, a previsão de área total a ser inundada por tais hidrelétricas somariam 5.530 quilômetros quadrados, afetando significativamente as terras quilombolas da região (Andrade, 2011).
Referências:
  1. Andrade, L., 2011. Terras quilombolas em Oriximiná: pressões e ameaças. Comissão Pró-Índio de São Paulo, São Paulo.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3 Indirect ecosystem effects 9.1.1 Sewage habitat past,present,future regional high
A crescente expansão demográfica e industrial nas últimas décadas, devido à implantação da Zona Franca de Manaus, trouxe impactos ambientais à região. Como principal consequência o comprometimento das águas da bacia do Rio Tarumã-Açu por despejos de esgotos domésticos e industriais, restos de animais, detergentes, desinfetantes, erosão, lixo e detritos que são jogados, dentre outros (Melo, 2002).
Referências:
  1. Melo, E.G. de F., Franken, W.K., 2002. Estudo Físico-Químico nas Águas da Bacia do Rio Tarumã-Açu. XI Jornada de Iniciação Científica do PIBIC/INPA. Manaus-Am. URL https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/4244/1/pibic_inpa.pdf
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3 Indirect ecosystem effects 9.1.3 Type Unknown/Unrecorded habitat past,present,future regional high
O chorume gerado do aterro sanitário da cidade de Manaus, contem alta concentração dos metais pesados (Zn, Co, Ni, Cu, Fe, e Pb). Este chorume contamina os corpos hídricos da Bacia do Tarumã-Açu causando impacto ambiental. Segundo Santana e Barroncas (2007) a alta concentração destes metais pesados está muito acima dos valores permitidos pela resolução 357/2005 do CONAMA.
Referências:
  1. Santana, G.P., Barroncas, P. de S.R., 2007. Estudo de metais pesados (Co, Cu, Fe, Cr, Ni, Mn, Pb e Zn) na Bacia do Tarumã-Açu Manaus (AM). Acta Amaz. 37, 111–118. URL https://doi.org/10.1590/S0044-59672007000100013

Ações de conservação (2):

Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre em Porto Velho (RO) e Mucajaí (RR), municípios da Amazônia Legal considerados prioritários para fiscalização, referidos no Decreto Federal 6.321/2007 (BRASIL, 2007) e atualizado em 2018 pela Portaria MMA nº 428/18 (MMA, 2018).
Referências:
  1. BRASIL, 2007. Decreto Federal nº 6.321, de 21 de dezembro de 2007. Diário Oficial da União, 21/12/2007, Edição Extra, Seção 1, p. 12. URL http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6321.htm (acesso em 21 de outubro de 2020).
  2. MMA - Ministério do Meio Ambiente, 2018. Portaria MMA nº 428, de 19 de novembro de 2018. Diário Oficial da União, 20/11/2018, Edição 222, Seção 1, p. 74. URL http://http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/50863140/do1-2018-11-20-portaria-n-428-de-19-de-novembro-de-2018-50863024 (acesso em 21 de outubro de 2020).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental de Presidente Figueiredo - Caverna do Moroaga, Área de Proteção Ambiental Margem Esquerda do Rio Negro-Setor Aturiá-Apuauzinho, Estação Ecológica do Grão Pará, Floresta Nacional de Purus, Parque Nacional da Serra do Divisor, Parque Nacional do Jaú, Reserva Biológica do Uatumã, Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Matupiri, Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã e Reserva Extrativista Chico Mendes.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.